Muitas invenções manuais foram feitas para aumentar a agilidade de muitos trabalhos. No meio dessas criações, a bigorna foi uma que ganhou destaque em filmes, desenhos animados e até em jogos digitais. Atualmente, essa peça é menos utilizada, mas é reconhecida mundialmente.
Por conta dos métodos tecnológicos, as bigornas acabaram sendo substituídas nas indústrias. No caso das fabricações mais artesanais, ela ainda é uma alternativa funcional e de alta qualidade.
Pensando nisso, o blog da Casa do Soldador separou um conteúdo completo para você descobrir os tipos de bigornas, vantagens no seu uso e a sua importância. Continue a leitura e confira tudo sobre!
História da bigorna e sua importância
A bigorna surgiu no período da pré-história, acompanhando a humanidade desde o início do uso do ferro em ferramentas. Assim, usavam esse item para conseguir fabricar lanças, espadas, flechas, machados e mais. Com o tempo, técnicas e métodos foram se desenvolvendo.
Os primeiros registros desse utensílio estão localizados no Egito Antigo. Tempos depois, na civilização da Europa medieval, entre o século V e XV, esse item se tornou ainda mais necessário por conta das guerras. Dessa maneira, as bigornas viraram fundamentais para a produção de armaduras e armas de metal.
Após esse período, a bigorna deixou de ser tão utilizada. Nos EUA, o uso dela foi abolido em meados do século XVIII. Mesmo com esse fim, uma nova utilidade foi dada ao objeto: competições de arremesso de bigorna, popularizadas por cartoons e desenhos que simbolizavam esses objetos caindo do céu.
Para o que serve uma bigorna?
A bigorna é uma estrutura resistente para o ferreiro conseguir bater em ripas, placas e lâminas e moldar objetos. Ou seja, ela tem como função moldar um metal que se encontra em alta temperatura. Dessa maneira, o profissional consegue afinar, fazer curvas, afiar, fortalecer ou movimentar o metal manipulado ali.
A estrutura da bigorna também auxilia para tal. A região comumente chamada de chifre da bigorna é utilizada para fazer curvas em capacetes, espadas, placas de metal e outros itens. Já a parte central é um apoio firme para o ferreiro realizar impactos e manejar o aço. Vale lembrar que é possível encontrar diferentes tipos de bigornas.
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Tipos de bigornas e suas características
Há muitos profissionais que trabalham fabricando peças manualmente, sejam espadas, facas, machados ou estruturas. A partir disso, há diferentes formas de bigornas criadas para facilitar o trabalho dependendo do fim. As duas principais são as forjadas e as fundidas.
Bigorna fundida
A bigorna fundida é uma alternativa mais barata que pode garantir a mesma utilidade que a opção forjada. Ela tem uma durabilidade menor, ou seja, é indicada para trabalhos mais leves. Assim, os cuidados com essa peça devem ser maiores por conta dessa fragilidade.
Bigorna forjada
As bigornas forjadas são recomendadas para quem realiza trabalhos pesados e contínuos. Esse tipo tende a ser mais resistente, firme e durável que as bigornas fundidas. Por mais que ambas tenham características que duram longos períodos, as forjadas são ideais para quem tem uma grande produção.
Em contrapartida, esse item é mais caro, equilibrando as escolhas entre a forjada ou a fundida. Dessa maneira, sempre considere as necessidades de seu negócio.
Como escolher a bigorna certa para seu projeto?
A escolha da bigorna é feita conforme um cálculo base que é 50 vezes o peso do utensílio que irá golpear a fabricação. Um exemplo básico para compreender melhor essa conta é: ao usar um martelo de 1 kg, é necessária uma bigorna de, no mínimo, 50 kg.
Uma dica é que, caso você tenha um serviço que utilize uma ferramenta mais pesada do que o cálculo base, considere colocar um bloco de madeira pesado para reforçar a estrutura. Dessa maneira, você consegue assegurar a base e reduzir as chances de acidentes.
Segurança ao trabalhar com bigornas
Muitos ambientes precisam seguir normas e ações para manter a segurança do profissional. Isso não é diferente para os ferreiros e os artesãos que trabalham com confecção em bigornas. De início, é recomendado um kit de Equipamentos de Segurança Individual (EPIs), como luvas, sapatos e avental. Com esse cuidado, são reduzidas as chances de queimaduras ou acidentes.
Outro ponto é seguir ao máximo os limites de pesos indicados, tanto no item que está sendo confeccionado quanto na ferramenta utilizada na hora de golpeá-lo. Vale lembrar da dica já citada: em momentos que o peso extrapola um pouco do recomendado, considere adicionar blocos de madeira para fortalecer a base da bigorna.
Agora que você descobriu um pouco mais sobre bigornas, continue navegando no blog da Casa do Soldador e aprenda técnicas de trabalhos artesanais e mecânicos. Aqui você encontra textos completos sobre soldagem, scanner automotivo, boas práticas no uso da serra circular e muito mais.
Estou te esperando no próximo conteúdo!